E se você for a pedra?

Provavelmente você já deve ter visto ou ouvido o poema “No Meio do Caminho“, obra de Carlos Drummond de Andrade.

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho […]

A obra ilustra os vários obstáculos que encontramos durante nossa vida.

Algumas pessoas encontram pedras tão grandes que ficam paralisadas. Não percebem nenhuma outra possibilidade de desvio para prosseguir. Em alguns momentos,  parecem até mesmo procurar por elas, como uma especie de muleta para justificar seus resultados.

Por outro lado, existe um segundo tipo de pessoa. Estas não se importam com o tamanho do obstáculo à frente. Se preciso até o escalam ou cortam caminho para evitá-lo.

Por conta disso, acredito que existam basicamente dois tipos de pessoas, as que vivem acima da linha da vida e as que vivem abaixo da linha da vida.

A linha da vida

As pessoas que vivem abaixo da linha da vida passam a vida procurando por culpados para os péssimos resultados que possuem.
Nada nunca está bom o suficiente. É aquele tipo de pessoa que tem um problema para cada solução que aparece.
O sol está muito quente, a água está muito fria, o chefe é um idiota ou o professor corrigiu sua prova errado.

O comportamento da pessoa que vive abaixo da linha da vida é sempre de vítima. E é aí que mora o grande problema.

Quando você é vítima, você não precisa alterar nada em sua vida. Não é mesmo?! Afinal, você é um perseguido e o universo sempre conspira contra você. Se a responsabilidade nunca é sua, não há o que fazer. 

 

 Do outro lado, temos a pessoa que vive acima da linha da vida. O comportamento por aqui é totalmente oposto.

É a pessoa que assume o protagonismo da sua vida. Percebe que é co-criador da sua jornada e molda o roteiro de acordo com o desfecho desejado.
Se algo não sai como o previsto, assume a responsabilidade e reorganiza tudo. Ainda que não tenha culpa sobre o ocorrido.

Talvez essa seja a grande chave do sucesso: Assumir a responsabilidade própria vida.

Quando a responsabilidade é sua, você assume as rédeas das coisas. O seu comportamento se molda de acordo com o que é necessário para alcançar o resultado que deseja.

 

 Culpa x Responsabilidade

É preciso entender que embora a culpa e a responsabilidade possam andar juntas por muitas vezes, elas são bem diferentes.

Eu diria que a culpa está ligada a uma ação ou omissão feita de maneira consciente. Ou ainda, mesmo que não tenha sido proposital você teve influência direta.

Se eu estou andando pela casa desatentamente enquanto uso o telefone celular para enviar mensagem e, por acidente, acabo derrubando um jarro. Não foi proposital, mas minha desatenção gerou o fato.

Já a responsabilidade, a meu ver, é a escolha que você toma em relação a um fato.

Se eu abro a porta da minha casa e vejo que há um bebezinho abandonado em minha porta, eu não tenho culpa dele estar ali. Porém, a partir daquele momento eu tenho responsabilidade sobre isso. Eu posso avisar as autoridades, acolhê-lo e se preciso prestar socorro ou posso fechar a porta e fingir que nada aconteceu. Compreende?

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Assuma a responsabilidade da sua vida

Cada pessoa é um universo complemente diferente. O meio onde ela está, a forma como foi criada, as informações que teve acesso e todo contexto envolvido no seu desenvolvimento a forjam de uma maneira única. Não há como negar.

Mas, se você teve acesso a este texto, você tem duas escolhas. Você pode assumir o papel de vítima e viver abaixo da linha da vida. Apontando o dedo e procurando culpados. Ou pode assumir o papel de co-criador da sua história, assumir a responsabilidade pelos teus resultados, sejam eles bons ou ruins, e se comprometer a planejar e direcionar os próximos passos.

Sendo assim, caso você se comprometa com a segunda opção eu lhe faço uma sugestão. Nos próximos dias reserve um tempo para refletir de forma franca sobre as seguintes questões:

• Quanto de responsabilidade eu tenho nos meus resultados atuais?
• O que eu posso fazer hoje, ainda que seja um pequeno passo, para começar a mudar agora mesmo a minha realidade?

Apesar de parecer algo muito simples, e de fato é, esses questionamentos podem ajudar a promover mudanças incríveis no seu comportamento e, consequentemente, nos seus resultados. Implemente-os agora mesmo em sua vida e viva a mudança.